Heroína é a droga mais viciante do mundo, como é o tratamento? A heroína é considerada a droga mais viciante do mundo, inclusive ultrapassando a cocaína, o crack e as anfetaminas no ranking. Diante disso, como é realizado o tratamento de dependentes da substância?
As primeiras doses de heroína adentram a corrente sanguínea causando um bem estar profundo e de longa duração. No entanto, essa fuga da realidade cobra o seu preço com o passar do tempo. Com o uso repetitivo da droga, ela perde a sua potência devido à tolerância.
O custo da heroína é elevado, principalmente no Brasil. Os dependentes da substância são, em sua maioria, estadunidenses e europeus. De qualquer forma, mesmo com um número restrito de usuários, a droga faz muitas vítimas por aqui também.
A dependência química em heroína pode representar a ruína de diversas famílias. Seja pelos efeitos da droga propriamente dita ou seja pelos custos financeiros que ela acarreta. Mesmo cidadãos de bem podem ser tragados para a criminalidade por causa da droga.
E não se engane acreditando que isso ocorre por mau caratismo ou por falta de deus no coração. Assim como ocorre com qualquer outra droga, a dependência química é uma enfermidade e precisa ser tratada.
Existem diferentes estratégias que podem ser utilizadas no tratamento da dependência em heroína. Nos últimos anos, dois modelos têm se destacado: o europeu e o norte americano.
Confira mais detalhes sobre ambos: Heroína é a droga mais viciante do mundo, como é o tratamento?
Durante muito tempo, a heroína era prescrita por médicos para pacientes com fortes dores. Seus efeitos relaxantes e sedativos eram considerados semelhantes aos da morfina.
Contudo, a partir dos anos de 1960, essa realidade mudou. A heroína foi finalmente considerada uma droga e a sua prescrição foi proibida.
Quanto ao tratamento, o modelo europeu costuma intrigar o restante do mundo. No entanto, oferece bons resultados. Ele consiste em permitir que os usuários consumam a droga durante a recuperação, mas de maneira assistida. Na Dinamarca, há até mesmo um nome para os ambientes onde isso é realizado: skyen.
Nessas salas, a ideia é reduzir os riscos ao mínimo e diminuir a dosagem da droga dia após dia até que o paciente não tenha mais a necessidade de utilizá-la. Ao invés de uma desintoxicação repentina, o processo é gradual e mais demorado.
Nos Estados Unidos, a heroína também chegou a ser distribuída em hospitais como medicamento para dor. Porém, em um ato promulgado no ano de 1914, a droga foi proibida sob o risco de processo judicial direcionado ao médico responsável.
Os programas estadunidenses são mais rígidos que os europeus, pois inibem completamente o acesso à droga nas clínicas de reabilitação. Além disso, são utilizados fármacos como a metadona para reduzir os sintomas de abstinência.
O grande problema é que o acesso ao tratamento, assim como ocorre no Brasil, é feito em clínicas particulares. Sem um sistema de saúde pública gratuito, muitas pessoas acabam não tendo sequer a chance de conseguirem se recuperar.
O Brasil foi um país que conseguiu se livrar da epidemia de uso de heroína, ao contrário de outros locais do mundo. Para os que tiveram contato com a droga e precisam de tratamento, a metodologia de ação é muito semelhante ao do modelo dos Estados Unidos.
O paciente é internado em clínicas de recuperação para que ocorra um diagnóstico preciso, seja elaborado um plano de ação personalizado e finalmente seja iniciada a desintoxicação. Podem ser prescrito medicamentos para conter os sintomas de abstinência.
Quando o corpo está livre da droga, chega o momento de tratar outros aspectos, como a parte emocional e psicológica. Para tanto, o paciente permanece internado e participando de grupos de apoio, oficinas laborais, terapias cognitivo comportamentais e atividades físicas.
Nas nossas clínicas, há profissionais capacitados para monitorar o avanço do tratamento e oferecer todas as condições para uma plana recuperação. Com isso, ao obter alta, a pessoa poderá retomar o seu dia a dia com confiança, autoestima e a consciência para não ter recaídas.
A partir de então, são realizados encontros periódicos visando a manutenção do tratamento. Essa é uma abordagem efetiva e que já salvou milhares de vidas no Grupo Salvando Vidas.